Tirimas foi filho e sucessor de Coeno da Macedônia, terceiro rei da dinastia Argéada. Governou em cerca de 750 a 700 a.C. Abaixo, os Montes Piéria, próximos a Egas, a antiga capital macedônica.

REFERÊNCIAS:
http://es.wikipedia.org/wiki/Tirimas
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| Ruínas de Egas (Aigai) na cidade de Vergina |
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| A migração dos dórios e a viagem de Carano |


As terras ao redor de Egas (Aigai), a primeira capital da Macedônia, foram o lar de vários povos. A Macedônia era chamada Emátia (por causa do rei Emátion) e a cidade de Egas foi chamada de Edessa, capital do lendário Rei Midas. Segundo a lenda, Carano, acompanhado por uma multidão de gregos, chegou à região em busca de uma nova pátria e tomou Edessa renomeando-a de Egas, atual Vergina. Posteriormente, ele expulsou Midas e outros reis daquelas terras e formou seu novo reino. De acordo com Heródoto, foi Doro, filho de Heleno, que conduziu seu povo para Histeótide, de onde foram expulsos pelos cadmeianos para a região do Pindo onde se estabeleceram como macedônios. Posteriormente, um ramo que migrou para o sul passou a ser chamado de dório. Abaixo, ruínas de um teatro em Egas (Aigai).
Parece que o primeiro estado macedônio surgiu no oitavo ou no início do sétimo século a.C. sob a dinastia dos Argéadas que, segundo a lenda, migrou para a região vinda da cidade grega de Argos, no Peloponeso (daí o nome 'Argéada'). A tribo macedônia regida pelos Argéadas chamava-se a si mesma de argéada (o que se traduz como "descendentes de Argos").O reino estava situado na fértil planície aluvial regada pelos rios Haliácmon e Áxios, chamada Baixa Macedônia, ao norte do monte Olimpo (abaixo).
Perto da moderna cidade de Veria, Pérdicas I (ou, mais provavelmente, seu filho, Argeu I) construiu sua capital, Egas (Aigai, a Vergina moderna). Após um breve período sob o domínio persa sob o rei Dario I, o Grande, o Estado macedônico recuperou a sua independência sob o reinado de Alexandre I (495-450 a.C). Em torno do tempo de Alexandre I, os macedônios argéadas começaram a se expandir na Alta Macedônia, terra habitada por tribos macedônicas independentes como os lincestas e os elmiotas e para o ocidente, para além do rio Áxios: em Eordaia, Botieia, Migdônia e Almópia, regiões ocupadas por muitas tribos trácias, dentre outras.
Antes do século IV a.C., o reino cobria uma região aproximadamente correspondente à província da Macedônia na Grécia atual. Um estado unificado macedônico foi finalmente estabelecido pelo rei Amintas III (c. 393-370 a.C.), embora ainda mantivesse fortes contrastes entre a rica planície costeira e o isolado e feroz interior tribal, aliado ao rei por laços de casamento. Eles controlavam as passagens de invasões bárbaras que vinham da Ilíria para o norte e noroeste.
Antes da criação da Liga de Corinto (338 a.C.), embora os macedônios, aparentemente falassem um dialeto da língua grega e afirmassem com orgulho que eram gregos, não foram considerados plenamente dotados da cultura grega clássica por muitos dos habitantes das cidades-estados do sul, porque não partilhavam o estilo político de governo dos sulistas. O célebre historiador grego Heródoto (484 – 425 a.C.), imagem acima, entretanto, reconhecia a pertinência dos macedônios à comunidade grega. Ao longo do século IV, a Macedônia tornou-se política e culturalmente mais envolvida com a vida das cidades-estado do sul e do centro da Grécia, mas também reteve características mais arcaicas vinculadas à cultura micênica clássica e a costumes mais antigos dos gregos, como a poligamia. Outro remanescente arcaico era a própria persistência de uma monarquia hereditária que exercia o supremo poder, por vezes absoluto, embora esse poder fosse às vezes contestado pela aristocracia rural e muitas vezes perturbado por disputas dentro da família real. Isso contrastava com as culturas gregas mais ao sul, onde as cidades-estado possuíam instituições aristocráticas ou democráticas mesmo que vinculadas a algum tipo de rei. Abaixo, o mundo grego antes da ascensão da Macedônia.
Filipe redesenhou o exército da Macedônia adicionando uma série de variações à tradicional força dos hoplitas (soldados de infantaria pesada) para torná-los mais eficazes. Ele acrescentou os hetairoi (‘companheiros’), uma cavalaria pesadamente armada, uma mais leve infantaria, os quais adicionaram uma maior flexibilidade e capacidade de resposta aos ataques inimigos. Filipe II aumentou a capacidade ofensiva de sua infantaria municiando-a de uma lança alongada (a sarissa) e de um escudo menor. Abaixo, a temível falange macedônica.
Filipe começou a expandir rapidamente as fronteiras do seu reino. Sua primeira campanha foi no norte do país contra os povos não-gregos, como os ilírios, garantindo a sua fronteira norte e ganhando muito prestígio como guerreiro. Em seguida, ele virou-se para o leste, para o território ao longo da costa norte do Mar Egeu. A cidade mais importante nesta área foi Anfípolis, que controlava o caminho para a Trácia, e também estava perto das valiosas minas de prata. Esta região tinha sido parte do império ateniense e Atenas ainda a considerava como sendo de sua esfera de influência. Os atenienses tentaram conter o crescente poder da Macedônia, mas foram limitados pela eclosão da Guerra Social, isto é, dos Aliados (357 - 355), em que alguns dos aliados de Atenas deixaram a liga político-militar que esta presidia. Filipe voltou seus exércitos para o sul e conquistou a maior parte da Tessália. Abaixo, as expansão do reino da Macedônia sob Filipe II.
O controle da Tessália significava que agora Filipe estava estreitamente associado à política da Grécia central. Em 356 a.C. ocorreu a eclosão da Terceira Guerra Sagrada (356-346) entre a Fócida e a cidade de Tebas. Tebas recrutou os macedônios e na Batalha do Campo Crocus, Filipe derrotou decisivamente a Fócida e seus aliados de Atenas. Como resultado, a Macedônia tornou-se o Estado líder na Liga Anfictiônica (confederação guardiã do templo de Apolo) e Filipe se tornou chefe dos Jogos Píticos (jogos em honra ao deus Apolo), o que colocou firmemente o líder macedônio no centro do mundo político grego. Na continuação do conflito com Atenas, Filipe marchou para a Trácia na tentativa de capturar Bizâncio e o Estreito do Bósforo e assim dar um corte no abastecimento de cereais do Mar Negro que provia Atenas de alimentos. O cerco de Bizâncio falhou, mas Atenas percebeu o grave perigo que a ascensão da Macedônia representava e sob a liderança do político e célebre orador Demóstenes construiu uma coalizão de muitos dos Estados gregos mais importantes para se opor aos macedônios. Tebas, que outrora requisitara os serviços militares da Macedônia, se juntou a coalizão. Os aliados enfrentaram os macedônios na Batalha de Queroneia (338 a.C.) e foram decisivamente derrotados, deixando Felipe e os macedônios como senhores incontestes da Grécia. Dois anos depois, no entanto, Filipe II seria assassinado quando se preparava para fazer uma expedição contra o Império Persa. A Macedônia e sua área de influência quando da morte de Filipe II (336 a.C.).
Alexandre adotou os estilos de governo dos territórios conquistados, o que foi acompanhado pela expansão da cultura grega e de sua assimilação e aglutinação através de seu vasto império. Embora o império de Alexandre tenha sido desmembrado em vários estados helênicos (gregos) logo após sua morte, suas conquistas deixaram um legado duradouro iniciando o período helenístico onde a cultura grega se fundiu a elementos da cultura oriental perpetuando um tipo característico de civilização como se vê nos reinos helenísticos. Na divisão do império de Alexandre entre os Diádocos (sucessores), a Macedônia ficou sob a dinastia Antipátrida (oriunda de Antípatro, general e regente macedônio). Abaixo, os reinos helenísticos oriundos da divisão do império de Alexandre, o Grande. 
O que é notável sobre o regime da Macedônia durante o período helenístico é que ele foi o único estado sucessor do Império Alexandrino que manteve uma percepção arcaica da realeza e nunca aprovou os modos da monarquia helenística. Assim, o rei nunca foi divinizado da mesma forma como os Ptolomeus e os Selêucidas o eram no Egito e na Ásia, respectivamente, e nunca adotaram o costume da proskynesis, isto é, o prostrar-se diante do rei. Os antigos macedônios durante o período helenístico ainda estavam dirigindo os seus reis de uma maneira muito mais casual do que os súditos dos demais Diádocos; os reis macedônios ainda consultavam-se com sua aristocracia (philoi, 'amigos') no processo de tomada de decisões. Abaixo, escudo contendo o "Sol de Vergina", o símbolo da monarquia macedônica sob os Argéadas (dinastia de Filipe II e Alexandre, o Grande).
O rápido sucesso de Andrisco (Filipe VI) em restabelecer a monarquia em 149 a.C foi rapidamente seguido por sua derrota no ano seguinte e o estabelecimento do governo romano direto e a organização da Macedônia como uma província romana. Chegava então ao fim o glorioso reino da Macedônia. Abaixo, mapa da província romana da Macedônia no ano 400 d.C.