domingo, 20 de junho de 2010

ARQUELAU I (413 – 399 a.C.)

Arquelau era filho de Pérdicas II com uma escrava de seu irmão, o rei Alcetas II, o qual Arquelau matou em 448. Pérdicas assumiu o trono macedônico e em 436 Arquelau foi declarado legítimo como indica a menção de seu nome em um tratado firmado pela Macedônia com Atenas. Ao que tudo indica, Arquelau era muito ambicioso e não mediu esforços para assegurar suas ambições ao trono: assassinou seu tio, o rei Alcetas II, seu primo, Alexandre, e seu meio-irmão, que era o herdeiro legal. Por isso, em sua obra Górgias, o filósofo Platão o chama de "o maior criminoso da Macedônia".  Abaixo, moeda do tempo de Arquelau I retratando a cabeça de Héracles e a de um lobo.
Quando da morte de Pérdicas II em 413, Arquelau assumiu o trono macedônico e procurou reatar as relações da Macedônia com Atenas. No mesmo ano da ascensão de Arquelau, os atenienses sofreram uma severa derrota na Guerra do Peloponeso em Siracusa, onde perderam a maior parte de sua frota. Os atenienses necessitavam construir muitos navios para restaurar sua capacidade naval e para isso dependiam da madeira que a Macedônia possuía em abundância. Valendo-se disso, Arquelau forneceu toda a madeira de que Atenas necessitava, mas reajustou o preço do produto, garantindo para o seu reino uma riqueza sem precedentes na história macedônica. Atenas reconheceu sua preciosa ajuda outorgando-lhe os títulos de proxenos (embaixador) e euergetes (benfeitor) do povo. Respaldado por Atenas, Arquelau interveio na Tessália em socorro da dinastia local dos Aleudas.  Abaixo, moeda do tempo de Arquelau I retratando um cavalo e uma águia.

Em sua política interna, Arquelau promoveu amplas reformas que modernizaram o país: Fez emitir moedas de boa qualidade, construiu fortalezas, estradas e reorganizou as forças armadas, melhorando a cavalaria e a infantaria dos hoplitas. Mudou a capital de Egas para a cidade de Pela e reprimiu uma revolta em Pidna. Arquelau também foi reconhecido como um governante culto, esforçando-se para helenizar mais seu povo, mantendo intenso contato cultural com os centros artísticos da Grécia. Em sua nova capital, Pela, hospedou grandes poetas (dentre outros, Eurípides), músicos, e pintores como o celebrado Zêuxis. Além disso, organizou um festival religioso em homenagem a Zeus Olímpico e às Musas na cidade de Dion com concursos musicais e esportivos que atraíram atletas e artistas de todo o mundo grego. Ele mesmo concorreu e ganhou nas corridas de carros nos Jogos Olímpicos e nos Jogos Píticos. Abaixo, mosaico dos séculos IV-III a.C. de Pela retratando uma caçada.
Ficheiro:Deer hunt mosaic from Pella.jpg
Tucídides (471- 440 a.C.), político, historiador e estrategista de Atenas, disse que Arquelau fizera mais por seu reino que todos os seus antecessores juntos. Arquelau morreu em 399 a.C., aparentemente vítima de uma conspiração, assassinado por seu pajem, Crátero, quando caçavam. Crátero assumiu brevemente o trono e se iniciou uma crise sucessória na Macedônia. Não se sabe o nome de sua consorte real, mas Arquelau teve seis filhos: Orestes e Arquelau II, que se tornaram reis, Amintas, Pausânias e duas filhas. A primeira casou-se com Irros da Ilíria e o segunda com Derdas de Elimeia.

REFERÊNCIAS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquelau_I_da_Macedônia
http://es.wikipedia.org/wiki/Arquelao_I_de_Macedonia
http://www.wildwinds.com/coins/greece/macedonia/kings/archelaus/t.html

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