sábado, 4 de dezembro de 2010

DEMÉTRIO II ETÓLICO (239-229 a.C.)

Alianças
Demétrio II Etólico (em grego: Δημήτριος Αιτωλικός) reinou na Macedônia a partir do inverno de 239 até 229 a.C. Ele era filho de Antígono Gônatas com Fila, que era filha do rei selêucida Seleuco I Nicátor com Estratonice I, que era filha de Demétrio I Poliorcetes. Portanto Demétrio II era fruto das alianças políticas entre as dinastias helenísticas, alianças que ele perpetuou: Sua primeira esposa foi Estratonice II, filha do rei selêucida Antíoco I Sóter e Estratonice I. Dessa união Etólico foi pai de Apame III, que se casou com o rei da Bitínia Prusias I. Sua segunda esposa foi Ftia do Épiro que lhe deu Filipe V. Demétrio pertencia à dinastia Antigônida e nasceu em 275 a.C. Foi chamado de etólico, pois seu reinado se caracterizou por sua luta contra a liga Etólia. Há uma possibilidade de que seu pai já o tinha elevado a ele a posição de poder igual ao dele (co-regência) antes de sua morte. Se isso tivesse ocorrido, seria datado em torno de 256 ou 257. Durante o reinado de seu pai, distinguiu-se, sendo ainda um adolescente, por derrotar o rei Alexandre II do Épiro em Dérdia e assim retomar a Macedônia (c. 260 a.C). Tudo indica que antes de sua ascensão casara-se com a princesa selêucida Estratonice II como selo de aliança entre os Antigônidas e Selêucidas sempre ameaçados pela política dos Lágidas (os reis do Egito).
IPB Image
O reino antigônida da Macedônia e as ligas Aqueia e Etólia

Guerra Demetriana
Com sua ascensão, ele teve de enfrentar uma coalizão que as duas grandes ligas, geralmente rivais, a Liga Etólia, liderada por Pantaleão, e a Liga Aqueia, liderada por Arato e que fora formada contra o poder da Macedônia. Nesse momento, Olímpia, viúva do falecido rei do Épiro Alexandre II, instiga o casamento de sua filha Ftia com Demétrio II para assegurar um forte aliado ao combalido reino do Épiro que então era governado pelo inexpressivo Pirro II. Com o casamento de Demétrio com Ftia, Estratonice deixa a Macedônia e vai para a corte selêucida na Síria onde reina seu irmão Seleuco II Calínico. Como Calínico recusou-se a casar-se com ele, Estratonice instigou uma rebelião contra o irmão e foi assassinada. Em sua guerra contra as ligas gregas, Demétrio ocupa o sul do Épiro que ele usa contra a Etólia. A Beócia deixa a Liga Etólica, o que enfraquece sua luta contra Demétrio II. Em 238, nasce seu filho com Ftia, Filipe (V) e Demétrio evita ataques surpresas de Arato, líder da Liga Aqueia, contra Argos e Atenas. Durante o seu governo o seu reino se estendida para Eubéia, Magnésia, Tessália e seus arredores, excluindo Dolópia e possivelmente Peparetos e a Acaia Ftiótica. Porém a Peônia tornou-se independente e a Trácia está sob controle parcial dos Lágidas. No Peloponeso, os tiranos de Megalópolis, Argos, Hermíone e Flio lhe são favoráveis.
Região da Peônia
Em 236, ele invadiu a Beócia, submetendo os beócios imediatamente. Ele devolve ao controle de Atenas as fortelezas ocupadas pro guarnições macedônicas. Isso não só liberava a Beócia do controle etólio como também impede uma ataque etólio à Ática através da Beócia. Arato, líder dos aqueus, continua suas investidas contra a Ática a partir de Megara e em 235 tenta capturar Argos que continua sob influência macedônica. Porém seu tirano, Aristipo, é morto pelos etólios e sucedido por Aristômaco. Porém, Arato obteve um grande sucesso quando o tirano de Megalópolis, Lidíades, negociou sua abdicação em 235 e a incorporação de Megalópolis na Liga dos aqueus: é um grande revés para a Macedônia, que perde é o principal obstáculo ao domínio dos aqueus no Peloponeso, já que Corinto também estava nas mãos dos aqueus. Porém, a longo prazo, a integração de Megalópolis na Liga Aqueia vai mesmo prejudicá-la ao atrair a hostilidade de Esparta.
Ruínas de Esparta
Demétrio, o Épiro e os Ilírios
Em 233 a rainha epirota Deidamia foi assassinada e agravou a crise política no Épiro onde por fim a monarquia foi substituída por uma federação, a Liga Epirota (231 a.C.). Aproveitando o caos no Épiro, Ambrácia e Anfilóquia separam-se dos epirotas e aderem à Liga Etólia. Os etólios invadem a Acarnânia que pede auxílio à Demétrio que contrata a ajuda militar do rei ilírio Agron dos ardieus para deter o avanço dos etólios os quais derrotaram (231). Os ilírios devastam Élis e Messênia e apreendem Fenice enquanto um segundo exército ilírio invade o Épiro. Apesar dos ilírios ardieus atingirem seu apogeu militar, eles não representaram ameaça ao reino de Demétrio. Sendo atacados por aqueles que foram convocados para ajudá-los, os epirotas se voltam para as Ligas Aqueia e Etólia que combatem as forças de Agron que morre em combate. Sua viúva, a rainha Teuta, convoca os exércitos ardieus a retornaram para casa, pois os dardânios estão atacando o país. Porém, antes de sua partida, os ilírios ardieus conseguem com que os epirotas abdiquem de sua aliança com os etólios e aqueus (230 a.C.). A tribo ilíria dos dardânios que invadira o país da tribo ilíria dos ardieus também invadiu a Macedônia. Demétrio defendeu seu domínio e em uma batalha contra os dardânios, porém morreu em combate. Sua viúva, Ftia, casa-se com o primo de Demétrio, Antígono Doson, que governa como regente do príncipe Filipe V.
Guerreiros ilírios

REFERÊNCIAS
http://en.wikipedia.org/wiki/Demetrius_II_of_Macedon
http://www.livius.org/de-dh/demetrius/demetrius_ii.html
http://fr.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9m%C3%A9trios_II_de_Mac%C3%A9doine

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