segunda-feira, 12 de julho de 2010

FILIPE II (359 – 336 a.C.) - PARTE IV

A Expansão da Macedônia

A Batalha de Queronéia
A expansão da Macedônia na região do Estreito do Bósforo alarmou os atenienses, que liderados por Demóstenes, declararam guerra a Filipe (340 a.C.). Provavelmente para deter o fluxo de suprimentos do Mar Negro à Atenas, Filipe começou o cerco de Perinto (340) e Bizâncio (339), mas acabou derrotado por falta de forças navais além do fato do rei persa Artaxerxes III ter enviado ajuda a Perinto. Não obstante, Filipe estendeu seu domínio sobre o leste da Trácia até o rio Danúbio. Ao retorno à Macedônia enfrentou os tribalos e conseguiu algum despojo de guerra. Na Grécia, começara a Quarta Guerra Sagrada (339 -338 a.C.), onde os estados da anfictionia (aliança religiosa) do santuário de Delfos se voltaram contra a cidade de Anfissa considerada sacrílega. O comando das forças anfictiônicas foi oferecido a Filipe II que guiou seu exército a partir de alguns estados anfictiônicos, não em direção a Anfissa, mas através da Fócida até a fronteira da Beócia, para ameaçar Tebas que, embora fosse considerada uma cidade aliada, vinha se comportando de maneira hostil, e também para agir contra Atenas, com a qual ainda estava em guerra. Violando seu tratado, Tebas uniu-se a Atenas e ficou do lado de Anfissa. Filipe tentou em vão mais de uma vez negociar termos de paz. A batalha decisiva foi travada em Queronéia, na Beócia, em agosto de 338 a.C. Abaixo, disposição da Batalha de Queronéia.
File:Philip II of Macedon's 339 BC Campaign.png
 As tropas da Beócia, Atenas, Megara, Corinto e Acaia eram um pouco superiores as da Macedônia e suas aliadas, mas a vitória macedônica foi total. Filipe usou da sua habitual diplomacia para conseguir consolidar seu domínio sobre o mundo helênico: Tebas foi tratada com severidade, como violadora de juramento, e Atenas foi tratada com generosidade. O príncipe Alexandre (Magno) encabeçou uma guarda de honra que levou as cinzas dos atenienses mortos a Atenas — um tributo único para um inimigo derrotado — e os 2 mil prisioneiros atenienses foram libertados sem resgate. Conforme Filipe avançava pelo Peloponeso, seus inimigos rendiam-se e seus aliados regozijavam-se. Apenas Esparta ainda era hostil. Ele devastou o território dela e deu algumas regiões fronteiriças a seus aliados, mas não atacou a cidade. Durante seu retorno para o norte, deixou guarnições em Corinto, Tebas e Ambrácia. A cidade de Anfissa que deflagara o conflito, foi arrasada por Filipe e sua população dispersa. Abaixo, ilustração da batalha de Queronéia.
BATTLE OF CHAERONEA - macedonia takes power
A Liga de Corinto
Depois da grande vitória em Queronéia, Filipe Ii emerge como o poder dominate do mundo helênico. Mas, o rei macedônio mostrou grande sabedoria política em não humilhar os vencidos, seguindo um caminho mais diplomático. A hegemonia macedônica foi estabelecida sobre a Grécia com a formação da Liga de Corinto (337 a.C.), que incluiu todos os estados gregos, exceto Esparta. A Liga garantiria a paz geral, a autonomia interna de cada Estado, exceto para suprimir as revoluções, e uma aliança perpétua, sob o comando de Filipe, a quem a Liga havia dado o comando da guerra contra a Pérsia.
O Philippeion de Olympia
O Phillipeion de Olímpia: monumento comemorativo da vitória de Filipe II em Queroneia

REFERÊNCIAS:
http://en.wikipedia.org/wiki/Philip_II_of_Macedon
http://es.wikipedia.org/wiki/Filipo_II_de_Macedonia
http://www.ancient.eu.com/image/441/


Nenhum comentário:

Postar um comentário