domingo, 14 de novembro de 2010

ANTÍGONO II GÔNATAS – SEGUNDO REINADO (272 – 239 a.C.)

Pirro do Épiro, rei da Macedônia
Pirro do Épiro que já governara a Macedônia (288-285 a.C.) retornava como novamente como rei após derrotar Antígono Gônatas em 274 a.C. Mas Gônatas não estava totalmente derrotado, pois manteve algumas cidades litorâneas. Pirro, apesar de sua vitória, foi imprudente. Tomando posse de Egas, a antiga capital da Macedônia, ele instalou uma guarnição de gauleses, que muito ofenderam aos macedônios por cavar os túmulos de seus reis e deixando os ossos espalhados, enquanto procuravam ouro. Também se esqueceu de acabar com seu inimigo: deixou-o no controle das cidades costeiras contentando-se em insultar Antígono. Ele chamou Antígono de um homem sem-vergonha por ainda usar a púrpura (símbolo de realeza), mas fez pouco para destruir os restos de poder de seu rival. Antes desta campanha estar acabada, Pirro havia embarcado em um novo empreendimento. Em 272, Cleônimo, um importante espartano, instigou-o a invadir a Lacônia. 
O Peloponeso e suas cidades
Reunindo um exército de 25 mil homens, dois mil cavalos e 24 elefantes, ele atravessou o Peloponeso e ocupou a cidade de Megalópolis na Arcádia. Antígono, depois de reocupar parte da Macedônia, reuniu as forças que podia e partiu para a Grécia para se opor a ele. Como uma grande parte do exército de Esparta liderado pelo rei Areu que estava em Creta no momento, Pirro tinha grandes esperanças de conquistar facilmente a cidade, mas os cidadãos organizaram resistência vigorosa, permitindo que um dos comandantes de Antígono, Aminias, o Fócio, chegasse a cidade com uma força de mercenários de Corinto. Logo após isso, o rei de Esparta, Areu, voltou de Creta com 2.000 homens. Estes reforços fortaleceram a resistência espartana e Pirro, achando que estava perdendo os homens por deserção a cada dia, interrompeu o ataque e começou a saquear o país.
Ruínas de Esparta
A Guerra por Argos
A cidade mais importante do Peloponeso após Esparta era Argos. Aliás, segundo a antiga tradição macedônica, os primeiros reis da Macedônia eram descendentes dos reis de Argos. Nessa época dois líderes, Aristipo e Aristeas, eram rivais irreconciliáveis. Como Aristipo era aliado de Antígono, Aristeas convidou Pirro para vir a Argos para ajudá-lo a tomar a cidade. Antígono, ciente de que Pirro avançava sobre Argos, marchou com o seu exército para lá também, ocupando uma posição forte em algum terreno elevado perto da cidade. Quando Pirro soube disso, acampou em torno da cidade de Náuplia e no dia seguinte mandou um arauto a Antígono, chamando-o de covarde e desafiando-o a descer e lutar na planície. Antígono respondeu que ele iria escolher seu próprio momento de lutar e que se Pirro estava cansado da vida, ele podia encontrar muitas maneiras de morrer.
Guerreiros gregos
Os argivos, temendo que seu território se tornasse uma zona de guerra, enviou delegações aos dois reis implorando-lhes para irem para outro lugar e deixarem Argos como uma cidade neutra. Ambos os reis concordaram, mas Antígono conquistou a confiança dos argivos, entregando seu filho como refém para garantir sua promessa. Pirro, que recentemente perdera um filho no cerco de Esparta, não fez o mesmo. De fato, com a ajuda de Aristeas, ele estava planejando tomar a cidade. No meio da noite, marchou com seu exército até as muralhas da cidade e entrou por um portão que Aristeas havia aberto. Suas tropas gaulesas tomaram o mercado, mas tinham dificuldade em passar seus elefantes para a cidade pelas portas pequenas. Isso deu tempo para os argivos reagirem. Eles ocuparam os pontos fortes e enviaram mensageiros pedindo a Antígono que os ajudasse.
Representação de uma mulher e guerreiros gregos
Quando Antígono soube que Pirro tinha traiçoeiramente atacado a cidade, ele avançou para as muralhas e enviou uma grande força para o interior da cidade para ajudar os argivos. Ao mesmo tempo Areu chegou com uma força de 1.000 cretenses e espartanos. Estas forças atacaram os gauleses no mercado. Pirro, percebendo que suas tropas gaulesas eram duramente pressionadas, avançou neste momento para a cidade com mais tropas, mas nas ruas estreitas isso logo levou a uma confusão em que seus homens se perderam e vagaram a esmo pela cidade. As duas forças aquietaram-se e esperaram que amanhecesse. Quando o sol se levantou, Pirro viu o quão forte era a oposição e decidiu que a melhor coisa seria a retirada. Temendo que os portões fossem demasiados estreitos para suas tropas facilmente sair da cidade, ele enviou uma mensagem ao seu filho, Heleno, que estava fora com o corpo principal do exército, pedindo-lhe para abrir uma brecha nas muralhas. O mensageiro, no entanto, falhou ao transmitir as suas instruções claramente. Incompreensão do que era exigido, Heleno levou o resto dos elefantes e alguns soldados escolhidos e avançou até a cidade para ajudar o pai.
Representação de guerreiros gregos tombados

A Queda da Águia do Épiro
Com algumas das suas tropas tentando sair da cidade e outras tentando entrar, o exército de Pirro foi entrou em confusão. Isso foi agravado pelos elefantes. A maioria deles tinha caído através do portão e estava bloqueando o caminho. Um elefante chamado Nicon estava tentando encontrar o seu cavaleiro e subiu na contra-mão dos fugitivos, esmagando amigos e inimigos, até que encontrou seu mestre morto, ao qual ele pegou, colocou-o sobre suas presas, e rumou em meio ao tumulto. Neste caos Pirro foi atingido por uma pedra lançada por uma velha mulher e foi morto por Zópiro, um soldado de Antígono. Assim terminou a carreira do soldado mais famoso de seu tempo. Alcioneu, um dos filhos de Antígono, ao saber que Pirro tinha sido morto tomou a cabeça do rei, que tinha sido cortada por Zópiro, cavalgou para onde seu pai estava e atirou-a aos seus pés. Longe de ficar contente, Antígono desviou o olhar e zangou-se com seu filho e golpeou-o, chamando-o um bárbaro e o mandou embora. Ele então cobriu a cabeça de Pirro com seu casaco e começou a chorar. O destino de Pirro lembrava muito claramente do destino trágico de seu avô, Antígono I Monoftalmo, e de seu pai, Demétrio I Poliorcetes, que tinham sofrido oscilações similares de sorte.

O Épiro Contra-Ataca
Após a morte de Pirro, todo o seu exército e o acampamento se renderam a Antígono, aumentando consideravelmente seu poder. Depois, Alcioneu descobriu a Heleno, filho de Pirro, disfarçado em roupas surradas. Ele o tratou bem e levou-o a seu pai que estava mais satisfeito com esse seu comportamento. "Isto é melhor do que o que você fez antes, meu filho", disse ele, "mas por que deixá-lo com aquelas roupas que são uma vergonha para nós agora que nos reconhecemos comos vencedores?”. Cumprimentando-o cortesmente, Antígono tratou Heleno como um convidado de honra e mandou de volta para o Épiro. Antígono procurou assrgurar sua dominação sobre a Grécia colocando guarnições em Corinto, Cálcida e Atenas.
O reino da Macedônia em 270 a.C.
Alexandre II, filho de Pirro, e seu sucessor como rei de Épiro, repetiu a aventura de seu pai, conquistando Macedônia. Em 270, aproveitando que Antígono estava assediando a cidade de Atenas, Alexandre invade a Macedônia. Antígono retornou rapidamente à Macedônia, mas com a deserção de suas tropas não pode expulsar o rei epirota. No entanto, o filho de Antígono, Demétrio, mais conhecido como Demétrio II Etólico, embora fosse adolescente, levantou um exército na ausência de seu pai e não só recuperou a Macedônia bem como conquistou o Épiro expulsando a Alexandre II que se refugiou na Acarnânia. Seu exílio não durou muito tempo, pois os macedônios tiveram no final que abandonar o Épiro sob pressão de aliados de Alexandre II, o acarnânios e os etólios. Mas os epirotas não mais interfeririam no reino da Macedônia. Agora o novo rei da Macedônia Antígono II Gônatas tinha que se preocupar com os gregos.
Efígie de Antígono II Gônatas
Antígono II Gônatas, Rei da Macedônia e Senhor da Grécia
Com a restauração dos territórios capturados por Pirro, com aliados agradecidos em Esparta e Argos, bem como guarnições em Corinto e outras cidades, Antígono controlava de forma segura a Macedônia e a Grécia. Os Antigônidas voltavam ao poder na Macedônia e seu destino acompanharia o destino de seu país até a ocupação romana no século II a.C. O modo acurado com que ele guardava o seu poder mostra que ele quis evitar as vicissitudes de sorte que tinham caracterizado a carreira de seu pai e avô. Consciente de que os gregos amavam a liberdade e autonomia, teve o cuidado de conceder algo parecido com isso, na medida em que não colidisse com o seu próprio poder. Além disso, ele tentou evitar o ódio que um governo direto traria controlando os gregos através de intermediários. É por esta razão que Políbio diz: "Nenhum homem jamais estabeleceu governantes mais absolutos na Grécia do que Antígono."
Antigonus II Gonatas (277–239 B.C.) Bronze
Moeda do reinado de Gônatas retratando a efígie do rei e a
representação alada da deusa Niké (vitória) e um navio de batalha

Antígono II e os Gregos
Antígono parece ter sido em condições muito boas com Antíoco I Sóter, o rei selêucida da Ásia, cujo amor por Estratonice, a irmã de Antígono, é muito famoso. Tal aliança, naturalmente, ameaçou o terceiro Estado sucessor, o Egito ptolemaico governado então por Ptolomeu II Filadelfo. O governo de Antígono atrapalhava as ambições de Filadelfo sobre o mar Egeu. Os gregos de um modo geral consideravam os macedônios bárbaros helenizados, não obstante suas origens helênicas. A primeira dinastia real macedônica, os Argéadas, reivindicava sua origem na cidade de Argos no Peloponeso e seu vínculo com a história e tradição gregas foi reconhecido pelos hellenodikai (juízes) nos dias do rei Alexandre I (498 – 454 a.C.). A partir desse rei, os macedônios foram buscar cada vez mais inspiração nos gregos do sul para sua política e cultura, apesar de sua turbulência política e atraso cultural em relação aos demais gregos. O rei macedônico Filipe II (359 – 336 a.C.) elevou a Macedônia a potência dominante do mundo grego e impôs sua hegemonia sobre os gregos do sul aproveitando as rivalidades entre as cidades-Estado, principalmente Atenas e Esparta. A partir daí a sorte do Peloponeso e da Ática ficaram vinculadas a quem governava Macedônia contra quem constantemente se revoltavam. Agora, Atenas e Esparta, que uma vez foram os Estados dominantes, naturalmente se ressentiam da dominação de Antígono. O orgulho, que no passado tinha feito essas cidades inimigos mortais, agora serviu para uni-los. A Grécia voltava a revoltar-se contra a dominação macedônica.

A Guerra Cremonideia (267 – 261 a.C.)
Cremônides, filho de Eteócles, de Aithalidai, era um político ateniense do partido democrático. Adepto do estoicismo, foi discípulo de Zenão de Cítio. Era o principal fomentador da oposição nacionalista a Antígono Gônatas e conseguindo, no outono de 268 a.C., derrotar o partido pró-macedônico, tomou o governo de Atenas. Em 267, com o incentivo do Egito, ele convenceu os atenienses a se juntarem aos espartanos para declarar guerra contra Antígono. Sendo Cremônides seu principal instigador, o conflito ficou conhecido como Guerra Cremonideia. O faraó Ptolomeu II Filadelfo deu seu apoio à causa de Cremônides com o fornecimento dos preciosos grãos de trigo do Egito. No primeiro ano do conflito ocorreram confrontos pequenos, embora eles geralmente terminassem favoravelmente para a coligação anti-macedônica.
Ptolomeu II Filadelfo
O rei macedônio investiu assolando o território de Atenas com um exército além de bloquear a cidade por mar. Nesta campanha, ele também destruiu o bosque e um templo do deus Poseidon (Netuno), que estava na entrada da Ática, perto da fronteira com Megara. Para apoiar os atenienses e impedir o crescimento do poder de Antígono, Ptolomeu II enviou uma frota para quebrar o bloqueio. O almirante egípcio, Pátroclo, desembarcou em uma pequena ilha desabitada perto Laurion e fortificou-a como uma base para operações navais. O Império Selêucida não poderia ajudar Gônatas, pois havia assinado um tratado de paz com o Egito, mas Magas, rei de Cirene, genro do rei selêucida Antíoco I, convenceu o sogro a tirar partido da guerra na Grécia para atacar o Egito. Para enfrentar esta situação, Ptolomeu enviou uma força de piratas para invadir e atacar as terras e as províncias de Antíoco com o fim de que este se detivesse defendendo seus domínios e não fosse capaz de enviar ajudar militar a Antígono.
Moedas do tempo de Antígono II Gônatas
O ano de 266 transcorreu indeciso para ambas as facções. O rei de Esparta, Areu I, levava o exército por terra do Peloponeso à Ática enquanto Pátroclo apoiava o transporte desde o Golfo de Salônica. Porém, Crátero, irmão de Antígono, que governava Corinto, impediu a passagem do istmo fazendo a frota egípcia não ter uma base para ancorar. Quando chegou o inverno a campanha foi interrompida. Em 265 Areu retomou a campanha enfrentando Antígono defronte das fortificações de Corinto. Areu tentou três vezes tirar Corinto dos macedônios e morreu durante a terceira tentativa. Com a morte de seu principal aliado, os atenienses tinham que esperar ajuda do Egito. Apesar de defender com sucesso o Egito, Ptolomeu II foi incapaz de salvar Atenas de Antígono que resistia dentro de seus muros aguardando o socorro egípcio. Em 261 quando a frota naval de Gônatas derrotou a de Pátroclo na Batalha de Cós, os atenienses e espartanos, desgastados por vários anos de guerra e por causa da devastação de suas terras, fizeram as pazes com Antígono, que assim manteve a sua dominação sobre a Grécia. Cremônides foi deposto e substituído por um estratego de Antígono. Refugiou-se com seu irmão Glaucias no Egito onde Ptolomeu II ainda não reconhecia a soberania de Gônatas sobre os gregos.
Moeda comemorativa da vitória de Gônatas sobre Ptolomeu II

Antígono II e as Guerras Sírias
Apesar da vitória de Antígono, Ptolomeu II continuou interferindo na Grécia. Porém, o Egito já tinha problemas com o Império Selêucida pela disputa de territórios na Ásia, principalmente a Síria. O Antíoco II Téos, o novo rei selêucida, fez um acordo militar com Antígono e iniciou–se um novo conflito conhecido como a Segunda Guerra Síria (260-253 a.C). Sob o ataque combinado, o Egito perdeu terreno na Anatólia e na Fenícia e a cidade de Mileto, que era governada pelo tirano Timarco, foi libertada por Antíoco. Em 255, Ptolomeu fez um tratado de paz, cedendo terras para os Selêucidas e reconhecendo o domínio de Antígono sobre a Grécia. Dez anos depois, estourou outra guerra entre o Império Selêucida e o Egito (a Terceira Guerra Síria, 246 -241 a.C.), na qual Antígono Gônatas ficou do lado de Seleuco II contra Ptolomeu III e arrebatou desse na batalha naval de Andros (245 a.C.) as ilhas Cíclades incorporando-as aos seus domínios.
Coin of the Seleucid king Antiochus II Theos.
Antíoco II Téos


O Levante de Arato
Após repelir a ameaça externa ao seu controle sobre a Grécia, o principal perigo para o poder de Antígono era o amor dos gregos pela liberdade. Em 251, Arato, um jovem nobre na cidade de Sicião (Sikyon), expulsou o tirano Nicocles, que governava com a aquiescência de Antígono, libertou o povo e convocou os exilados. Isso levou à confusão e divisão dentro da cidade. Temendo que Antígono fosse explorar essas divisões para atacar a cidade, Arato fez a cidade se juntar à Liga Aqueia, um federação de algumas pequenas cidades aqueias no Peloponeso. Preferindo usar astúcia ao invés de seu poder militar, Antígono tentou recuperar o controle sobre Sicião tentanto atrair o jovem Arato para o seu lado. Assim, ele enviou-lhe um presente de 25 talentos, mas Arato, em vez de ser corrompido por essa riqueza, imediatamente deu-a para seus concidadãos. Com esse dinheiro e outra quantia que recebeu de Ptolomeu II, ele foi capaz de conciliar as diferentes facções em Sicião e unir a cidade.
Ruínas de um antigo teatro em Sicião
Antígono ficou incomodado pelo crescente poder e popularidade de Arato. Se ele recebesse apoio militar e financeiro extensivo de Ptolomeu II, Arato seria capaz de ameaçar a sua posição. Ele decidiu, portanto, conquistá-lo ao seu lado ou, pelo menos, desacreditá-lo com Ptolomeu. Para fazer isso, ele mostrou-lhe grandes evidências de favorecimento. Quando ele estava fazendo um sacrifício aos deuses em Corinto, ele enviou porções da carne sacrificial para Arato em Sícion, e elogiou Arato na frente de seus convidados: "Eu pensei que esse jovem sicioniano era apenas um amante da liberdade e dos seus concidadãos, mas agora eu olho para ele como um bom juiz dos costumes e ações dos reis. Anteriormente nos desprezou, e, colocando suas esperanças mais longe, admirava os egípcios, ouvindo muito de seus elefantes, frotas e palácios. Mas depois de ver todos estes a uma distância mais próxima, e perceber que eles eram, porém, simples adereços e ostentação, ele chegou até nós. E da minha parte recebo-o de bom grado, e, resolvendo fazer grande uso dele mesmo, ordeno que você olhe sobre ele como um amigo”. Estas palavras foram prontamente acreditadas por muitos, e quando eles foram reportadas para Ptolomeu, ele acreditou em parte delas.
Antígono II Gonatas (277-239 aC) Silver Tetradrachm Anfípolis hortelã
Moeda do reinado de Antígono II Gônatas
Mas Arato estava longe de se tornar um amigo de Antígono, o qual considerava o opressor da liberdade grega. Arato conseguiu trazer para a Liga Aqueia o novo rei do Egito, Ptoloemu III Evergetes, que lhe deu apoio militar. Em 243 a.C., em um ataque durante a noite, ele conquistou o Acrocorinto, um forte estrategicamente importante pelo qual Antígono controlava o ístmo de Corinto e, portanto, o Peloponeso. Quando a notícia deste sucesso alcançou Corinto, os coríntios levantaram-se em rebelião, derrubaram a facção de Antígono, e juntaram-se à Liga Aqueia. Em seguida Arato tomou o porto de Lequeu e capturou 25 navios de Antígono. Este revés para Antígono provocou uma revolta geral contra o poder da Macedônia. Os megarianos revoltaram-se e juntamente os troezenianos e os epidaurianos aderiram a Liga Aqueia. Com este aumento de força, Arato invadiu o território de Atenas e saqueou Salamina. Todos os homens livres de Atenas que capturou foram enviados de volta aos atenienses sem exigência de resgate para incentivá-los a aderir à rebelião. Os macedônios, no entanto, mantiveram seu domínio sobre Atenas e sobre o resto da Grécia.
File:Temple of Apollo Ancient Corinth.jpg
A montanha onde estava situada o Acrocorinto.
Em primeiro plano, ruínas de um templo de Apolo em Corinto


A Dinastia Antigônida permanece
Apesar das vitórias de Arato, a influência político-militar do reino da Macedônia sobre os gregos continuou forte. Em 239 a.C., Antígono morreu aos 80 anos de idade e deixou seu reino para seu filho Demétrio II apelidado de o Etólico. Exceto por um curto período, quando ele derrotou os gauleses, Antígono não foi um líder heróico ou militar bem sucedido. Suas habilidades eram principalmente políticas. Ele preferiu contar com paciência,  astúcia e persistência para atingir seus objetivos. Enquanto líderes militares mais brilhantes e carismáticos, como seu pai Demétrio I Poliorcetes e Pirro do Épiro, viveram em altos e baixos e caíram vítimas de suas ambições e imprudência, Antígono trilhou um caminho que conseguiu uma certa medida de segurança ainda que sem glória. Mesmo sem o carisma e gênio militar de reis macedônios anteriores, Antígono conseguiu estabelecer a dinastia dos Antigônidas no trono da Macedônia a qual perdurou até a conquista romana no século II.
O reino de Antígono II e o mundo helenístico  em 240 a.C.
Diz-se também de Antígono II que ele ganhou a afeição dos seus súditos por sua honestidade e seu cultivo das artes, que ele realizou, reunindo em volta dele distintos homens de letras, em particular os filósofos, poetas e historiadores. Antígono é mencionado nos Éditos de Ashoka como um dos reis que permitiram o proselitismo budista promovido pelo imperador indiano Ashoka (269-231 a.C.). Não há registro histórico ocidental deste evento. Diz o texto: "A conquista pelo Dharma foi ganha aqui, nas fronteiras, e mesmo seiscentos yojanas (cerca de 5,400 - 9,600 km) de distância, onde o rei grego Antíoco governa, além de lá, onde os quatro reis chamado Ptolomeu, Antígono, Magas e Alexandre governam, também no sul entre os Cholas, os Pandyas, e tão longe quanto Tamraparni.

REFERÊNCIAS
http://en.wikipedia.org/wiki/Antigonus_II_Gonatas
http://www.livius.org/am-ao/antigonus/antigonus_ii_gonatas.html
http://www.ancientsculpturegallery.com/mk32.html
http://www.ancientsculpturegallery.com/mk5.html

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