segunda-feira, 10 de maio de 2010

ALEXANDRE I (498 – 454 a.C.)

Alexandre I (conhecido também como "Alexandre, o Macedônio") foi rei da Macedônia de 498 a 454, sendo filho do rei Amintas I e da rainha Eurídice. De acordo com o historiador grego Heródoto, Alexandre mantinha inimizades com o Império Persa que mantinha a Macedônia sob vassalagem. Alexandre ordenou que os enviados do rei Dario I fossem assassinados quando chegaram na corte de seu pai, durante a Revolta Jônica (499 – 493 a.C.) contra os persas. Segundo a tradição, num banquete oferecido aos delegados do Megabazo, governador persa, os hóspedes solicitaram a presença de mulheres com o que o rei Amintas concordou, mas elas foram ofendidas pelos persas. Alexandre fez com  que se as mulheres se retirassem do recinto sob o pretexto de que elas estavam indo se adornar. Em vez delas, voltaram para o banquete alguns homens disfarçados de mulheres jovens, que mataram os emissários persas. Quando Megabazo percebeu que seus emissários não retornaram, enviou seu filho Bubares com uma tropa para a Macedônia, mas Alexandre escapou das punições com o casamento de sua irmã, Gigea, com Bubares. Abaixo, moeda macedônica do tempo de Alexandre I.
Apesar de sua inimizade ao Império Persa enquanto príncipe, enquanto rei, Alexandre teve que se submeter aos persas durante a invasão da Grécia empreendida pelo filho de Dario, o rei Xerxes I. Segundo o historiador Jonas Lendering, Alexandre talvez fosse visto pelo governo persa como o sátrapa da Macedônia. De qualquer forma, Alexandre atuou como representante do general persa, Mardônio, durante as negociações de paz que se seguiram à derrota persa na batalha de Salamina em 480 a.C. Apesar de sua cooperação com o Império Persa, que tentava subjugar os gregos, forneceu com frequência mantimentos e orientações aos gregos e ainda avisou-os dos planos de Mardônio antes da batalha de Plateia (479 a.C), o embate final entre persas e gregos na Europa. Depois da derrota nesta batalha, o exército persa sob o comando de Artabazo marchava para a Ásia Menor; mas a maior parte dos milhares de sobreviventes que retornavam foram atacados e mortos pelas forças de Alexandre no estuário do rio Estrimão. Alexandre eventualmente reconquistou a independência da Macedônia com o fim das Guerras Persas (499 – 459 a.C.). Após a retirada dos persas da Trácia, Alexandre expandiu o reino da Macedônia até o rio Estrimão, ao norte, e conquistou a cidade grega de Pidna, ao sul. Abaixo, o reino da Macedônia durante as Guerras Persas.
Apesar da Macedônia ser considerada um estado semibárbaro por alguns gregos (especialmente aqueles cujas colônias estavam sob ameaça da expansão macedônica), Alexandre alegava descender de gregos argivos, isto é, da cidade de Argos, e até mesmo de Héracles, o semideus de filho de Zeus. Depois que uma corte especial de juízes chamados hellenodikai, da cidade de Élis, concluíram que a alegação de Alexandre era verdadeira e permitiram que ele participasse dos Jogos Olímpicos, possivelmente em 504 a.C. Isso era um honra reservada exclusivamente aos gregos. Alexandre usou a cidade de Atenas como modelo para a sua corte e foi patrono dos poetas Píndaro e Baquílides, os quais por sua vez dedicaram poemas a Alexandre. Sua política de helenização dos macedônios fez com que fosse chamado de filoheleno (amigo dos gregos). Quando de sua morte em 454 foi sucedido por seu filho primogênito Alcetas.


REFERÊNCIAS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_I_da_Macedônia
http://es.wikipedia.org/wiki/Alejandro_I_de_Macedonia

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